Diplomação encaminha Lula para posse e movimentos preparam ‘festa mais bonita’ do lado de fora. Acompanhe

12/12/2022 16:36

“A manifestação popular na rua é tão importante quanto a diplomação de lá dentro do TSE. Foi essa mobilização social, que trouxe essa vitória”, diz jurista

Arquivo TSE e Ricardo Stuckert
Arquivo TSE e Ricardo Stuckert
Lula em três tempos: diplomado pela primeira vez, em 2002, pelo então ministro Nelson Jobim; em 2006, por Marco Aurélio Mello; e prestes a assumir pela terceira vez o comando do país

São Paulo – Apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e movimentos sociais e populares estão convocando um ato para esta segunda-feira (12), a partir das 12h, nas proximidades do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Às 14h, ocorre a diplomação de Lula e seu vice Geraldo Alckmin (PSB), último passo legal antes da posse, em 1º de janeiro.

O objetivo do ato progressista é ocupar a frente do TSE e evitar que tumultos de bolsonaristas pró-golpe estendam para a diplomação de Lula os ataques antidemocráticos realizados em quartéis e estradas federais do país pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com sua derrota nas eleições. 

Por conta da presença de bolsonaristas que querem golpe, o esquema de segurança está reforçado para a cerimônia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, haverá maior efetivo de policiais, equipes de atendimentos de emergência e nas delegacias responsáveis pela região central de Brasília. Nas principais vias de acesso ao TSE foram montadas ações de trânsito. Assim como uma Cidade da Segurança, uma estrutura que dará apoio aos agentes durante a operação, ao lado do tribunal. 

A cerimônia, contudo, será acompanhada por um número limitado de convidados e convidadas. O plenário, onde será realizado o ato de diplomação, será liberado apenas para parte desse grupo. Os demais convidados poderão assisti-la em telões instalados nos auditórios e no salão nobre da Corte.

Devido à restrição, a “festa mais bonita” está prevista do lado de fora, com a presença dos movimentos sociais, conforme destacou a jurista Tânia Oliveira, da Associação Brasileira Juristas pela Democracia (ABJD) e assessora da Liderança do PT no Senado.

Acompanhe a transmissão ao vivo a partir das 14h

 

Festa popular

“A manifestação popular é tão importante quanto o que vai acontecer lá dentro (do TSE). Porque foi a força dessa militância, essa mobilização social, que trouxe essa vitória (de Lula). É muito triste que não possam estar todos lá dentro. O auditório do tribunal não é muito grande e boa parte dos convidados são do próprio Poder Judiciário e do Tribunal. Mas a festa do lado de fora é que será a festa mais bonita”, destacou. 

Estão previstos discursos de Lula, Alckmin e do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes. A diplomação é um ato formal previsto no artigo 215 da Código Eleitoral, em que a Justiça Eleitoral confirma, após aprovação das contas do presidente e vice eleitos, a vitória de ambos no pleito de habilitação para posse em 1º de janeiro de 2023.

Pontapé democrático

O presidente eleito lembrou hoje em rede social a primeira diplomação, em 2002. “Eu me emocionei muito na minha primeira diplomação como presidente em 2002. Amanhã viveremos juntos essa emoção mais uma vez”, disse. Na ocasião na cerimônia ao lado do ministro Nelson Jobim, então presidente do TSE, Lula lembrou que depois ser muitas criticado por não ter diploma superior, estava recebendo como primeiro diploma o de presidente da República.