Trabalhadores aprovam proposta da Corsan que mantém conquistas do acordo coletivo

17/07/2018 07:52

Assembleia corsan

Em assembleia geral realizada na última sexta-feira (13), os trabalhadores e as trabalhadoras da Corsan aprovaram a proposta da Companhia referente à Campanha Salarial 2018/2019. A proposta mantém todos os direitos do Acordo Coletivo de Trabalho atual.

Além disso, ela apresenta os seguintes itens:

– Reposição salarial de 1,69% em todas as cláusulas financeiras retroativas à maio.

– Promessa de cumprimento dos Planos de Cargos vigentes.

– Turno de Revezamento. Possibilidade de intervalo mínimo de 30 minutos.

– Jornada de Trabalho. Possibilidade de adoção de intervalos de 30 minutos até duas horas.

– Sobreaviso. Trabalho de até 62h em sábados, domingos e feriados, podendo ser acrescido de mais 24h em caso de feriado. De segunda a sexta-feira, de até 14h por dia. Alteração dos transportes de ida e volta da casa do trabalhador até seu local de trabalho, podendo ser através de veículo próprio da Corsan, táxi ou aplicativo de transporte urbano.

– Estabilidade aos empregados aposentados.

Mobilização arrancou nova proposta

No dia 28 de junho, os Representantes Sindicais do SINDIÁGUA estiveram reunidos em Porto Alegre e analisaram – em conjunto com a Direção Sindical – a proposta feita pelo governo Sartori, através da direção da Corsan, aos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia.

Após um amplo debate sobre a opinião dos trabalhadores e das trabalhadoras da Corsan a respeito da então proposta, uma Comissão de Representantes Sindicais acompanhou a Direção do SINDIÁGUA e juntos entregaram à direção da Companhia um documento manifestando o repúdio por qualquer proposta que apresente a retirada de direitos.

No decorrer do dia, a direção da Corsan apresentou uma nova proposta, que então foi analisada pelos Representantes que deliberaram pelo chamamento da assembleia geral realizada na sexta-feira e que deu fim às negociações.

Para o presidente interino do SINDIÁGUA, Arilson Wunsch, “esse é um momento difícil onde o governo do MDB – tanto de Sartori quanto de Temer – está em uma cruzada de marginalização dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público e a retirada de direitos é recorrente para todos e todas.”

Segundo Wunsch, “nessa Campanha Salarial a proposta também era de retirada de direitos, mas por muita habilidade conseguimos manter o Acordo Coletivo de Trabalho sem perdas em relação ao ano passado. Ressaltamos que caso não tivéssemos realizado o Acordo por dois anos na maioria das cláusulas, essa batalha seria bem mais complicada, tal qual foi no ano passado.”

O dirigente sindical frisa que “conseguimos alguns avanços nesse momento. Mesmo sem serem de ordem financeira, estamos evoluindo na cláusula das jornadas de trabalho e na estabilidade dos empregados aposentados, evitando o efeito do governo Britto (PMDB) em 1995, que causou a demissão em massa de aposentados e aposentadas da Corsan.”

Por fim, Wunsch acredita que a “luta está apenas começando, pois enquanto todos estavam prestando atenção no jogo da seleção, o presidente Temer e seus aliados, não contentes com a lei das terceirizações, reforma Trabalhista e outras mais, colocavam goela abaixo a medida provisória que destrói o saneamento público no país.”

 

 

Fonte: SINDIÁGUA