Texto de Juíza sobre meritocracia viraliza nas redes socais
 
           
              05/02/2020 08:28    
              									
              
	
		
	
		
			
Ao final compartilhe , mas só se você quiser :)
		
	
		
			 
		
			
		
			 
		
	
	
		
			
	
		
			
				
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O discurso embasado na meritocracia desresponsabiliza o Estado e joga nos ombros do indivíduo todo o peso de sua omissão e da falta de políticas públicas.
				
				
A meritocracia naturaliza a pobreza, encara com normalidade a desigualdade social e produz esquecimento – quem defende essa falácia não se recorda que contou com inúmeros auxílios para chegar onde chegou”
		
	
		
		      
                        
                			
              
              
                      
            
          
        
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				Texto de Juíza sobre meritocracia viraliza nas redes socIais 
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| Texto de Juíza sobre meritocracia viraliza nas redes sociais | 
Ao final compartilhe , mas só se você quiser :)
			A Juíza de Direito Fernanda Orsomarzo usou o seu Facebook para contar sua história e falar sobre a meritocracia, que significa o processo de impulsionamento profissional e social 
		
			como consequência dos méritos individuais de cada pessoa, ou seja, dos seus esforços e dedicações.
	
		Em seu discurso, a juíza afirmou que se dedicou muito para alcançar o seu objetivo profissional. 
	
		Confira o texto na íntegra
	
		“Ralei duro para ser Juíza de Direito. Cheguei a estudar 12 horas por dia em busca da concretização do tão almejado sonho. Abdiquei de festas, passei feriados em frente aos livros, perdi momentos únicos em família. Sim, o esforço pessoal contou. Mas dizer que isso é mérito meu soa, no mínimo, hipócrita.
	
		Em primeiro lugar, nasci branca. Faço parte de uma típica família de classe média. Estudei em escola particular, frequentei cursos de inglês e informática, tive acesso a filmes e livros. Contei com pais presentes e preocupados com a minha formação. Jamais me faltou café da manhã, almoço e jantar. Nunca me preocupei com merenda ou material escolar.
	
		Todos têm suas lutas e histórias de vida. Todos enfrentam dificuldades e desafios. Porém, enquanto para alguns esses entraves não passam de meras pedras no caminho, para outros a vida em si é uma pedra no caminho. 
	
		Meu esforço individual contou, mas eu nada seria sem as inúmeras oportunidades proporcionadas pelo fato de ter nascido – repito – branca e no seio de uma família de classe média minimamente estruturada.
	
		O Mérito não é meu. Na linha da corrida em busca do sucesso e realização, eu saí na frente desde que nasci.
	
		Não é justo, não é honesto exigir que um garoto que sequer tem professores pagos pelo Estado entre nessa competição em iguais condições. Nunca, jamais estivemos em iguais condições.
	
			O discurso embasado na meritocracia desresponsabiliza o Estado e joga nos ombros do indivíduo todo o peso de sua omissão e da falta de políticas públicas.
A meritocracia naturaliza a pobreza, encara com normalidade a desigualdade social e produz esquecimento – quem defende essa falácia não se recorda que contou com inúmeros auxílios para chegar onde chegou”
		A meritocracia naturaliza a pobreza, encara com normalidade a desigualdade social e produz esquecimento – quem defende essa falácia não se recorda que contou com inúmeros auxílios para chegar onde chegou”

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				A Juíza de Direito Fernanda Orsomarzo usou o seu Facebook 
para contar sua história e falar sobre a meritocracia, que significa o processo de impulsionamento profissional e social
como consequência dos méritos individuais de cada pessoa,
ou seja, dos seus esforços e dedicações.
			para contar sua história e falar sobre a meritocracia, que significa o processo de impulsionamento profissional e social
como consequência dos méritos individuais de cada pessoa,
ou seja, dos seus esforços e dedicações.
			Em seu discurso, a juíza afirmou que se dedicou muito para alcançar o seu objetivo profissional. 
			 
		
		
			Confira o texto na íntegra
		
			“Ralei duro para ser Juíza de Direito. Cheguei a estudar 12 horas por dia em busca da concretização do tão almejado sonho. Abdiquei de festas, passei feriados em frente aos livros, perdi momentos únicos em família. Sim, o esforço pessoal contou. Mas dizer que isso é mérito meu soa, no mínimo, hipócrita.
		
			Em primeiro lugar, nasci branca. Faço parte de uma típica família de classe média. Estudei em escola particular, frequentei cursos de inglês e informática, tive acesso a filmes e livros. Contei com pais presentes e preocupados com a minha formação. Jamais me faltou café da manhã, almoço e jantar. Nunca me preocupei com merenda ou material escolar.
			
			 
		
			Todos têm suas lutas e histórias de vida. Todos enfrentam dificuldades e desafios. Porém, enquanto para alguns esses entraves não passam de meras pedras no caminho, para outros a vida em si é uma pedra no caminho. 
			
			
Meu esforço individual contou, mas eu nada seria sem as inúmeras oportunidades proporcionadas pelo fato de ter nascido – repito – branca e no seio de uma família de classe média minimamente estruturada.
		
		Meu esforço individual contou, mas eu nada seria sem as inúmeras oportunidades proporcionadas pelo fato de ter nascido – repito – branca e no seio de uma família de classe média minimamente estruturada.
			O mérito não é meu. Na linha da corrida em busca do sucesso e realização, eu saí na frente desde que nasci.
			
			
Não é justo, não é honesto exigir que um garoto que sequer tem professores pagos pelo Estado entre nessa competição em iguais condições. Nunca, jamais estivemos em iguais condições.
			
			
		Não é justo, não é honesto exigir que um garoto que sequer tem professores pagos pelo Estado entre nessa competição em iguais condições. Nunca, jamais estivemos em iguais condições.
O discurso embasado na meritocracia desresponsabiliza o Estado e joga nos ombros do indivíduo todo o peso de sua omissão e da falta de políticas públicas.
A meritocracia naturaliza a pobreza, encara com normalidade a desigualdade social e produz esquecimento – quem defende essa falácia não se recorda que contou com inúmeros auxílios para chegar onde chegou”
                        


