‘Não podemos baixar a guarda’, diz Abrasco após Bolsonaro prometer reeditar decreto
“Se o decreto foi revogado, a ideia não acabou. Neste momento é fundamental fortalecer o SUS”, diz a presidente da Abrasco, Gulnar Azevedo e Silva
Segundo ela, as entidades e profissionais estão organizando um ato importante e mobilizações em defesa do SUS. Já na segunda-feira (2), farão uma reunião para definir datas e estratégias. “Mas estamos tendo apoio dos profissionais. A sociedade acordou para defender o SUS. Isso já é um começo”, diz a dirigente.
Na quinta (29), durante sua live semanal, Bolsonaro afirmou que não pretendeu facilitar a privatização do SUS e prometeu que nova versão da proposta será publicada. “Ontem, tivemos um probleminha em relação a um decreto sobre o SUS, que não tinha nada a ver com privatização, mas lamentavelmente, grande parte da mídia fez um carnaval em cima disso: ‘Vai privatizar o SUS’, ‘o pobre não vai poder ser atendido pelo SUS’. Revoguei o decreto, mas fiz uma nota dizendo que nos próximos dias poderemos reeditá-lo, o que deve acontecer na semana que vem.”
Vacina russa
Enquanto isso, no Brasil e no mundo prossegue a corrida por uma vacina eficiente contra o coranavírus. Segundo a Agência Reuters, o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF) e a empresa União Química Farmacêutica Nacional, em parceria com o governo do Paraná, anunciaram hoje (30) que deram entrada nos documentos preliminares para o registro da vacina contra Covid-19 Sputnik V (da Rússia) junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por sua vez, ainda segunda a Reuters, a Anvisa afirmou, após o anúncio do RDIF, que ainda não existe um pedido junto ao órgão para a realização de estudos clínicos com a vacina russa.
“A Anvisa recebeu nesta quinta-feira um e-mail do laboratório União Química comunicando sobre a apresentação apenas de documentos prévios. Os documentos foram enviados com um pedido para que a Anvisa faça uma análise prévia, antes da apresentação formal do pedido de pesquisa”, afirmou a agência em nota.
Segundo a Anvisa, “as informações enviadas não são um pedido formal de autorização para a pesquisa e não são suficientes para a autorização da Anvisa”. “Na prática, a pesquisa não está autorizada e esse pedido ainda não foi feito pelo laboratório”, concluiu.