Hora de escancarar a luta entre o Protagonismo X o Oportunismo.

29/09/2021 20:14

 

            Hora de escancarar a luta entre o Protagonismo X o Oportunismo.           

A atual direção do Cpers Sindicato continua a seguir freneticamente a linha oportunista. Já denunciamos o caminho seguido desde o 20º congresso desta categoria, onde abandonaram as pautas da luta política Sindical Nacional e Estadual, tais como o Fora Bolsonaro, defesa da liberdade de Lula, Fora Leite e a defesa de filiar-se a uma central sindical Nacional, transformando o maior sindicato do RS, no último cômodo do edifício da luta de classes. Em outras palavras, desapareceu na escuridão deste edifício. Quando raramente aparece para pegar um pouco de sol, procura ficar na penumbra, para não ser identificado como traíra e muito menos vanguarda. Aliás a palavra vanguarda foi literalmente tirada do dicionário desta direção há muito. O que mais lhes importa é agarrar-se a cauda de todo o empreendimento, a ponto de entenderem que conservar é o mesmo que resistir.

A penumbra é um lugar ideal para o oportunismo, pois sempre é possível, nesse habitat, não assumir a linha de frente e nem esconder-se eternamente, isto é, apoiar-se no ombro de alguém; se der errado a culpa não é minha, e se der certo, está pronto para pegar o bônus. Mas nos últimos tempos, essa posição oportunista, não tem obtido muitos êxitos. Perderam, por exemplo, a oportunidade de estar à frente na luta Democrática em defesa das liberdades políticas do então presidente Lula; do fora Bolsonaro que agora está na boca do povo e que passou batido e desaprovado no congresso.

O Fora Leite, segue a mesma concepção, como sendo um estorvo para a negociação saudável do movimento sindical, pois para que se consiga reverter a depreciação salarial, que já atinge mais de 50% do poder de compra, não se pode cutucar a onça com vara curta.  E novamente o caminho tomado é rebaixar a luta política e apostar todas as fichas na negociação com um neoliberal, que apoiou Bolsonaro, que já tirou direitos enormes da categoria, tanto daqueles na ativa quanto dos aposentados, que vendeu a CEEE, encaminha a venda da CORSAN e do Banrisul entre outras estatais. Apostar no sentimento misericordioso deste Neoliberal de direita é uma aposta perdida, mesmo que ganhe um grande aumento em nossos salários, pois educa toda a categoria, para o abandono da luta política, para a não política.

Diante desse quadro caótico que está tomando o Cpers sindicato, é preciso reagir, e não ficarmos apenas constatando aquilo que já há muito sabemos. Para tanto, é preciso unir as chapas de oposição para no mínimo frear o oportunismo. É preciso que encontremos um caminho para dar visibilidade a essa política defendida acima, e criar alternativas de luta, com faixas e palavras de ordem, que eleve o grau do movimento e se apresente como saída para o imobilismo que tomou conta. Se não tomarmos as rédeas da luta em nossas próprias mãos, é provável que as mudanças que almejamos,  ficarão cada vez mais distantes, pois rebaixar o movimento é mais fácil, por ter apoio de toda a burguesia e toda a institucionalidade, assim como, elevar a consciência das massas é mil vezes mais difícil. Diante disso, não podemos apenas ficar a espreita e ver a categoria perdendo, pouco a pouco, o tesão de mudar, de lutar e derrotar o neoliberalismo.

 Por isso, nós da CUT pode mais, apontamos que urge um chamamento de união das forças de oposição. Sugerimos uma reunião presencial objetivando definir um plano de luta, que se manifeste sobre os seguintes temas:

Fora Bolsonaro, Mourão e sua Corja.

Fora Leite.

Reposição imediata de 45% até final de 2022

Reposição imediata até o final do ano de 25%

Em defesa da autonomia das escolas

Em defesa da escola pública e democrática.