CUT-RS e centrais reforçam ato em defesa da democracia nesta quinta
Porto Alegre volta às ruas nesta quinta-feira (11) em defesa da democracia, do sistema eleitoral brasileiro e por eleições livres, marcando o dia nacional de mobilização convocado por movimentos estudantis, centrais sindicais, movimentos populares e entidades da sociedade civil em resposta à escalada golpista do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O dia 11 de agosto marca o dia do estudante e é também uma data histórica da luta estudantil, assinalando a fundação da União Nacional dos Estudantes (UNE).
A concentração terá início a partir das 8h, em frente ao Colégio Estadual Júlio de Castilhos, mais conhecido como Julinho, no bairro Azenha. Depois os manifestantes sairão em marcha até o Campus Centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Às 11h, está prevista a leitura da “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, que será feita em atos que acontecerão em todo o país. O texto elaborado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) já conta com mais de 800 mil assinaturas.
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Após o ato na UFRGS, a caminhada será retomada e seguirá até o Palácio Piratini.
Barrar a onda golpista de Bolsonaro
A mobilização é uma reação organizada da sociedade para defender a democracia e barrar a onda golpista de Bolsonaro (PL), que vem atacando os ministros das cortes superiores e coloca em dúvida a segurança das urnas eletrônicas.
Os ataques de Bolsonaro têm ficado mais virulentos a cada pesquisa de intenções de voto. Ele está empacado em segundo lugar, bem distante do ex-presidente Lula (PT), o primeiro colocado, e já disse que não vai aceitar o resultado das eleições.
Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, “será um Dia Nacional de Luta, em defesa da educação, da democracia, por direitos e por respeito à decisão do povo em relação ao processo eleitoral. É fundamental que nós estejamos junto com os estudantes e com todo o movimento social que quer um Brasil mais igual, um Brasil soberano e um Brasil de volta para os trabalhadores e as trabalhadoras com educação de qualidade e democracia”, destaca.
Defesa da democracia será permanente
No próximo sábado (13), a mobilização será protagonizada pelas mulheres. Centrais e movimentos sociais tomarão as ruas em todo o país em defesa da democracia e contra a fome, a miséria e a violência. Elas vão denunciar também os desmontes ocorridos após o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e que impactaram de forma mais profunda a vida das mulheres.
A luta em defesa de democracia será permanente e marcará igualmente o dia 7 de setembro durante o tradicional Grito dos Excluídos, que está sendo organizado pelas pastorais sociais e movimentos populares com o apoio das centrais.
Fonte: CUT-RS