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Conselho de Segurança da ONU busca solução para crise em Gaza;
30/10/2023 07:14
Brasil tenta costurar novo acordo de resolução no conselho; Invasão de Gaza é 'segunda fase da guerra', diz Netanyahu
Redação
Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Conselho de segurança da ONU acumula fracassos na tentativa de dissuadir o confronto entre Israel e Hamas - Bryan R. Smith / AFP
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá nesta segunda-feira (30) para uma sessão de emergência para discutir a operação militar de Israel na Faixa de Gaza em resposta ao ataque do Hamas, que já resultou em 9 mil mortos, 1,4 mil israelenses e 8 mil palestinos, conforme as autoridades envolvidas.
Os Emirados Árabes Unidos solicitaram a reunião em resposta à ação militar terrestre de Israel na Faixa de Gaza, que teve início na sexta-feira (27). A interrupção da comunicação em Gaza promovida por Israel também estará na pauta.
O Conselho de Segurança da ONU, criado para garantir a paz mundial, acumula fracassos na tentativa de dissuadir o confronto colonial entre Israel e Hamas. Propostas de resoluções que visam atenuar o conflito terminam em vetos e abstenções pelos países membros.
A diplomacia brasileira trabalha por um acordo entre Estados Unidos e a Rússia que também contemple russos e britânicos. A presidência do Conselho de Segurança da ONU é exercida pelo Brasil.
O colegiado de nações é composto por 15 países, sendo cinco permanentes (EUA, Reino Unido, China, Rússia e França) e dez com mandato rotativo.
Atrito diplomático entre Turquia e Israel
Eli Cohen, ministro de Relações Exteriores de Israel, informou que convocou diplomatas do país na Turquia após o que chamou de “graves declarações” de Recep Tayyip Erdogan, presidente turco.
Erdogan participou no sábado (29) de um protesto pró-Palestina em Istambul. No ato, ele afirmou a milhares de pessoas que Israel comete crimes de guerra contra os palestinos e acusou o Ocidente de ser “o principal culpado” pelos massacres em Gaza.
O líder da Turquia disse que o Hamas não é uma organização terrorista e classificou Israel como um ocupante. Erdogan condenou as mortes de civis israelenses durante o ataque do Hamas no dia 7 de outubro, mas recentemente chamou palestinos de “combatentes pela liberdade”.
Netanyahu diz que não foi avisado
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse no sábado (28) em coletiva de imprensa que a invasão de Gaza por terra é a “segunda fase da guerra”, cujo objetivo é “destruir a capacidade militar e governamental do Hamas e trazer os reféns para casa”.
Netanyahu disse que a incursão dentro de Gaza será “difícil e longa". Ele chamou o confronto de “a segunda guerra pela independência de Israel” e de um enfrentamento “entre o bem e o mal”.
Netanyahu disse que o país está empenhado no resgate de reféns em poder do Hamas. O premiê de Israel horas depois causou uma crise interna ao criticar seu serviço de inteligência.
Neste domingo ( 29) Netanyahu afirmou não ter sido alertado sobre os planos de ataque em larga escala do Hamas. Esses comentários provocaram uma intensa controvérsia política e causaram divisões dentro de seu gabinete de guerra. Posteriormente, Netanyahu apagou os comentários que havia publicado no antigo Twitter na madrugada deste domingo e emitiu um pedido de desculpas.
Contexto
O cerne da questão árabe-israelense é a forma como o Estado de Israel foi criado, em 1948, com inúmeros pontos não resolvidos, como a esperada criação de um Estado árabe na região da Palestina, o confisco de terras e a expulsão de palestinos que se tornaram refugiados nos países vizinhos.
A decisão pela criação dos dois estados foi tomada no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e aconteceu sem a concordância de diversos países árabes, gerando ainda mais conflitos na região.
Ao longo das décadas seguintes, a ocupação israelense nos territórios palestinos - apoiada pelos EUA - foi se tornando mais dura, o que estimulou a criação de movimentos de resistência. Foram inúmeras tentativas frustradas de acordos de paz e, na década de 1990, se chegou ao Tratado de Oslo, no qual Israel e a Organização para Libertação da Palestina se reconheciam e previam o fim da ocupação militar israelense.
O acordo encontrou oposição de setores em Israel - que chegaram a matar o então premiê do país - e de grupos palestinos, como o Hamas, que iniciou sua campanha com homens-bomba. Após a saída militar israelense das terras ocupadas em Gaza, ocorreu a primeira eleição palestina, vencida pelo Hamas (2006), mas não reconhecida internacionalmente. No ano seguinte, o Hamas expulsou os moderados do grupo Fatah de Gaza e dominou a região.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou sua maior operação até então, invadindo o território israelense e causando o maior número de mortes da história do país, 1.400, além de fazer cerca de 200 reféns. A resposta israelense vem sendo brutal, com bombardeios constantes que já causaram a morte de milhares de palestinos, além de cortar o fornecimento de água e luz, medidas consideradas desproporcionais, criticadas e rotuladas de "massacre" e "genocídio" por vários organismos internacionais.
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