Congresso dos municipários de Porto Alegre aprova novas diretrizes de luta e organização

29/04/2019 13:34
 

 

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Municipárias e municipários aprovaram, na tarde deste sábado (27), as novas diretrizes de luta e organização da categoria, durante a plenária final do VI Congresso do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

Com o tema “Reorganizar a Classe Trabalhadora para Lutar e Avançar”, as resoluções foram previamente debatidas, em grupo, e avaliadas por uma comissão. Somente após, foram levadas a votação.

Três novos cargos de direção foram criados. O Simpa passar a ter 01 diretor ou diretora para tratar dos assuntos dos aposentad@s, 01 diretora para questões das mulheres e 01 diretor ou diretora de combate à terceirização.

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As novas diretorias surgem para representar novas necessidades que a categoria vem percebendo ao longo do último período. A luta das mulheres foi intensificada com o protagonismo das mulheres nas greves da categoria e nos atos contra a candidatura de Jair Bolsonaro, no ano passado. No Congresso, as mulheres também conquistaram paridade na direção do Simpa, que deverá contar, no mínimo, com 50% de representantes do sexo feminino.

O Núcleo de aposentd@s do Simpa é maioria dos associados e se mantém na ativa, com constantes reuniões no Sindicato e participação nas mobilizações conjuntas. Em tese inscrita, reivindicaram uma diretoria apenas para questões dos aposent@dos e conquistaram esta instância na plenária.

A outra direção criada é a de combate à terceirização. A falta de direitos trabalhistas e a submissão à precarização dos trabalhadores e trabalhadoras da Prefeitura Municipal é uma luta que o Simpa deverá ser solidário e apoiar com ações políticas e jurídicas quando for o caso.

A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras presentes reconhecem a necessidade de mantar-se em união, com todas as centrais sindicais e coletivos políticos, para barrar os retrocessos e manter o Estado de Direitos. Nesse sentido, foi consensual a luta unificada contra a Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro. Defenderão ainda as bandeiras anti-capital, anti-patriarcal, anti-racista e anti-fascista.

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A categoria municipária também vai incorporar à sua luta o pedido de revogação da PEC 241, de Michel Temer, que reduziu drasticamente os gastos públicos em Saúde, Educação e outros setores. Desde lá, faltam investimentos, melhorias, segurança e, até mesmo, servidores públicos nos locais de trabalho pela escassez de repasses do governo. Isto prejudica o atendimento de qualidade à população que usa o serviço público, na sua maioria, da classe trabalhadora.

Outras resoluções aprovadas serão sistematizadas e, posteriormente, divulgadas pelo Simpa. No entanto, todas as propostas passarão ainda pelo crivo de assembleia geral, instância maior do sindicato. O Congresso é um instrumento de deliberação do Sindicato que acontece a cada quatro anos.

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Fonte: Simpa