Bancários têm proposta de reajuste de 5% e de acordo renovado por dois anos
Proposta feita pelos bancos neste sábado inclui aumento real de 1,18% a todas as faixas salariais e garantia de todos os direitos. Categoria fará assembleias na quarta-feira (29)
São Paulo – Os bancários receberam na tarde deste sábado (25) proposta de reajuste de 5% e renovação, por dois anos, de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, válida para todo o Brasil. A proposta será levada a assembléias pelos sindicatos da categoria na próxima quarta-feira (29).
O percentual incide em todas as verbas, como gratificações, vales alimentação e refeição, auxílio-creche, participação nos lucros ou resultados, e inclui aumento real de 1,18%, considerada uma inflação anual estimada em 3,78%.
A proposta salarial da Fenaban, apresentada na décima reunião com o Comando Nacional dos Bancários, abrange todos os bancários de instituições privadas e públicas.
A garantia de manutenção de todos os direitos previstos no acordo nacional representa uma superação da "reforma" trabalhista trazida pelo governo de Michel Temer.
A "reforma" permite às empresas, por exemplo, excluir dos acordos os empregados classificados como "hipersuficientes" por receber salários superiores a R$ 11.291,60 (duas vezes o teto do INSS). A proposta negociada neste sábado é estendida a todas as faixas salariais.
A intenção dos bancos de tornar proporcional o pagamento da PLR para bancárias em licença-maternidade e afastados por doença ou acidente também foi superada e todos receberão integralmente.
A convenção coletiva, caso a proposta seja aprovada, valerá até 31 de agosto de 2020. Em 1º setembro do ano que vem, prevê reposição da inflação (INPC) e 1% de aumento real.
As coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira (presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro, Contraf-CUT) e Ivone Silva (presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região) avaliam no vídeo abaixo o processo de negociação: