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A Comissão de Saúde e Meio Ambiente promove, na próxima segunda-feira (30), às 18h, uma audiência pública para tratar do impacto ambiental do megaprojeto de mineração de carvão Mina Guaíba, no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
O evento é promovido em parceria com o Comitê de Combate à Megamineração no RS (CCMRS) e busca discutir os graves riscos ao meio ambiente, caso seja implantado uma mina de carvão à céu aberto localizada a menos de 30 quilômetros de Porto Alegre. O projeto, desenvolvido pela mineradora Copelmi, aguarda a licença ambiental e conta com a simpatia do governador Eduardo Leite (PSDB) devido ao seu “potencial de geração de empregos”.
O megaempreendimento, que prevê a ocupação de uma área de 5 mil hectares nos municípios de Eldorado do Sul e Charqueadas, na região metropolitana, apresenta sérios riscos ambientais. Os moradores da Capital e de outras cidades que dependem do Rio Jacuí poderão ser impactados pela contaminação da água e do ar, por cheias e pelo aumento pluvial.
Retrocesso socioambiental
Para o secretário de Meio Ambiente da CUT-RS, Paulo Farias, o projeto da Copelmi não trará apenas impactos ambientes, mas colocará em risco a vida e a saúde de milhões de trabalhadores e, por isso, precisa ser barrado o mais rapidamente possível.
“Não queremos morte disfarçada de empregos precários e progresso trazendo lucro para os empresários e destruindo a vida e a natureza”, denuncia Farias.
Para ele, a presença de dirigentes sindicais, trabalhadores e ecoativistas na audiência pública será muito importante para mostrar que os gaúchos não querem esse retrocesso socioambiental.
Conforme dados apresentado no relatório de impacto ambiental da própria Copelmi, após seis anos da instalação da Mina Guaíba, a concentração de poluentes no solo, ar e nos rios poderia ultrapassar em até 241% o permitido pela legislação ambiental.
Composto por mais de 100 entidades, o CCMRS estará na mesa de debates como um dos principais convidados. O evento, gratuito e aberto ao público, não substitui a necessidade de realização de uma audiência pública em Porto Alegre convocada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), dentro do processo de licenciamento da mina, mas será mais um importante espaço de pressão da comunidade gaúcha contra esse despropósito.
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Mina Guaíba: concentração de poluentes ultrapassaria em até 241% o permitido por lei
Fonte: CUT-RS
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